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sábado, setembro 26, 2009

27 de Setembro: Ibejis e Erês em Festa.

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A palavra Ibeji que dizer gêmeos e o orixá Ibeji é o único permanentemente duplo. Forma-se a partir de duas entidades distintas que cooexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.

Contam os Itãns (conjunto de lendas e histórias passados de geração a geração pelos povos africanos), que os Ibejis são
filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Ibejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.

Entre os deuses africanos, Ibeji é o que indica a contradição,os opostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, Ibeji mostra q
ue todas as coisas, em todas as circunstância, tem dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.

Na África, O Ibeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmo respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia-a-dia. Ibeji não exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder de Ibeji jamais pode ser negligenciado, pois o que um orixá faz Igbeji pode desfazer, mas o que um Ibeji faz nenhum outro orixá desfaz. E mais: eles se consideram os donos da verdade.

Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. O Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu deus. São duas divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Ao contrário dos erês, entidades infantis ligadas a todos os orixás e seres humanos, são divindades infantis, orixás-crianças.

Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.

A palavra Erê vem do yorubá iré que significa "brincadeira, divertimento".
Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”.

O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.

Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância, pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Erê na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.

Cada Erê traz um nome inspirado no arquétipo ou natureza do orixá ao qual está submetido, por exemplo:

“Foguete” ou “Trovãozinho” para Xangô.

“Ferreirinho” para Ogun.

“Pingo de Ouro” para Oxum e assim por diante.

Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo. Cada Erê trará um nome que, será inspirado no arquétipo ou natureza do orixá a que está submetido.

LENDA:

Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas
crianças do povo, e um dos gêmeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda.

Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no

lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho
vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.


A grande cerimonia dedicada a estes orixás acontece a

27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas com

o caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos frequentadores dos terreiros.





Orixás

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Orixás são elementos da natureza, cada orixá representa uma força da natureza.
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo).

No Brasil, erroneamente, diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun. Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como "Orisá maior", no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás.

A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental.
Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.)

Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.

Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco condena-os a fogueira eterna, também nunca os entregou ao seu maior "inimigo" após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido...
Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer.
O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos.
Portanto nosso deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai...

Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um Orixá...

Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada Orixá, os seguidores iniciados(iyawos) sobre a influência de um Orixá, específico,detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Orixás.

Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado a armas, matais, trabalho, etc.

Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, após fatos heróicos ou divinos, encantaram-se e retornaram ao Orun (céu), deixando para nós, segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa, que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações diretas com a religião.

Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e, portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu orixá aproximando mais de olorum(deus criador/construtor de todo o universo.


Texto Obanise

quinta-feira, setembro 24, 2009

Festa do Pai Oxossi

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A festa do Pai Oxossi aconteceu no mes de abril.

Quando o Pai veio em Terra, trazendo seu Axé para seus filhos

e convidados alí presente.

Aguardamos aciosos pela próxima festa.

"Okê Arô, Oque Odé!"

quarta-feira, setembro 23, 2009

Boiadeiros

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Boiadeiros são entidades fortes em sua grandeza.
Podem ser divididos em três categorias:


  • Boiadeiros dos Orixás do Candomblé, que são os mensageiros;
  • Os Boiadeiros boiadeiros (!);
  • E também há os mensageiros dos Boiadeiros dos Santos, que são os que nas cantigas chamamos de "tocador de gado".
É uma linha maravilhosa para auxílio e descarrego dos médiuns.


"Salve, salve, Pai Boiadeiro!!!"





terça-feira, setembro 22, 2009

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Festa do Caboclo Boiadeiro

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ILÊ AXÉ ODARA

Aconteceu no dia 19 de Setembro de 2009, às 21:00m, a festa do caboclo Boiadeiro.
Todo inicio de festa tem toda uma movimentação e todos vão para as coisas práticas.
Sabe,uma das melhores sensações que alguém pode sentir quando se está perto de alguém é como nós nos sentimos quando estamos perto de Boiadeiro. É como se uma mão nos tocasse tão docemente e afagasse todas as nossas dores. Esta festa nos transmitiu mais do que isso, nos transmitiu paz,amor,espiritualidade, capacidade de compreensão, capacidade de entender os outros e a nós mesmos.
Essa festa foi,é e sempre continuará sendo perfeita, pois com o axé de pai Gildo de Obaluaiê e Mãe Guilhermina juntamente com os orixás da casa e o caboclo Bioadeiro essa força não cessará.
A Instituição Ilê Axé Odara tem a honra,a alegria e se enche de amor por saber que nosso Ilê carrega consigo toda força e luz do pai Boiadeiro e todos os outros orixás.
Axé!!!





Texto postado por : Rosana Santana, filha do Ilê Axé Odara> letrasminhas2@gmail.com