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segunda-feira, setembro 20, 2010

PAI BOIADEIRO

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domingo, setembro 05, 2010

Caboclo Boiadeiro

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O boiadeiro é um caboclo que em vida foi um valente do Sertão e está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.

Veste-se como o sertanejo, com roupas e chapéu de couro, e cumpre um papel ritual muito semelhante aos caboclos índios que se cobrem de vistosos cocares. Igualmente são bons curadores.
Enquanto os "caboclos de penas" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. De voz grave, é difícil entender o que falam. Supõe-se que os boiadeiros trazem lições do tempo onde o respeito aos mais velhos, a natureza, a família e aos animais falavam mais alto. Representam a liberdade e a determinação do homem do campo.

Entre os nomes mais conhecidos incluem-se Boiadeiro Sete-Luas, Caboclo Jundiara, Caboclo Jubiara, Caboclo Sete Laços, Caboclo Laço de Ouro, Caboclo Lajedo Grande, Navizala, Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Zé do Laço, Boiadeiro do Chapadão e Boiadeiro das Sete Campinas, Alfredo Mineiro e João Carreiro

Deixamos aqui, nossa homenagem especial ao nosso "PAI BOIADEIRO".Que abrilhanta nosso Ilê Axé, nos cobrindo e abençoando com sua força e Axé.

AXÉ MEU PAI...

MUITO AXÉ!

Caboclos de penas

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Os caboclos mais tradicionais são os "caboclos índios" ou "caboclos de penas".
O caboclo tradicional é valente, selvagem antes de tudo, destemido, intrépido, ameaçador, sério e muito competente nas artes das curas. O caboclo ordena e determina, o caboclo mexe-se, intriga, canta e dança como o guerreiro livre que um dia foi.
Produto do sincretismo da pajelança indígena com os ritos afro-brasileiros, os caboclos resultam da associação dos orixás, voduns e inquices com figuras ameríndias, ligadas às florestas e às matas.

Os caboclos e caboclas geralmente são representados como indígenas muito idealizados. Freqüentemente usam cocares vistosos, calças e saiotes e raramente se assemelham aos verdadeiros indígenas brasileiros.
Seus nomes ligam–se aos seus domínios e supostas origens étnicas, às vezes associado ao nome do orixá ao qual supostamente estão subordinados. Alguns deles têm nomes de personagens indígenas da história, do folclore e da literatura.


Cabocla Iracema Flecheira, imagem de cultoEntre os do sexo masculino mais conhecidos, contam-se: Araponga, Araribóia, Águia-Branca, Águia-da-Mata, Aimoré, Araribóia, Araúna, Arranca-Toco, Arruda, Beira-Mar, Boiadeiro, Caçador, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra-Coral , Coração da Mata, Corisco, Flecha-Dourada, Flecha-Ligeira, Flecheiro, do Fogo, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá, Inca, do Vento, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Juremeiro, Laçador, Laje Grande, Lírio Verde, Lua, Mata Virgem,Pajé, Pantera Negra, Pedra-Branca, Pele-Vermelha, Pena Azul, Pena-Branca, Pena-Dourada, Pena-Preta, Pena-Roxa, Pena-Verde, Pena-Vermelha, Peri, Quebra-Demanda, Rei-da-Mata, Rompe-Folha, Rompe-Mato, Roxo, Samambaia, Serra Negra, Sete-Cachoeiras, Sete-Cobras, Sete-Demandas, Sete-Encruzilhadas, Sete-Estrelas, Sete-Flechas, Sete-Folhas-Verdes, Sete-Montanhas, Sete-Pedreiras, Sol, Sultão da Mata, Tibiriçá, Tira-Teima, Treme-Terra, Tupã, Tupi, Tupi-Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara, Ubirajara Flecheiro, Ubiratã, Urubatão, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Xangô Agodô, Xangô Cao, Xangô da Mata, Xangô Pedra-Branca, Pedra-Preta, Sete-Cachoeiras, Sete-Montanhas e Sete-Pedreiras.

Do sexo feminino, são nomes mais conhecidos: Araci, Estrela-do-mar, Caboclinha da Mata, Caçadora, Diana da Mata, Guaraciara, Iansã, Iara, Indaiá, Iracema Flecheira, Jacira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupira, Jurema, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremeira, Juçara, Cabocla do Mar, Cabocla da Mata,

quarta-feira, setembro 01, 2010

Caboclos e orixás

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Caboclos e orixás são tratados nos candomblés como entidades de naturezas diferentes. Além das distinções de caráter meramente formal, há aspectos que os distinguem e que são importantes na relação que se estabelece entre cada um deles e seus devotos.

Todo filho-de-santo deve ser iniciado para um determinado orixá (ou inquice, ou vodum), que é considerado seu antepassado, seu pai ou mãe, sua fonte de vida. A iniciação implica recolhimento e ritos complexos que envolvem somas de dinheiro elevadas, nem sempre compatíveis com a extração social dos adeptos das religiões afro-brasileiras, em geral, pobres. O culto do caboclo não requer processo iniciático deste tipo, podendo ocorrer em algumas casas o batismo do caboclo, um ritual de confirmação bem mais simples que a “feitura”.

Enquanto os deuses africanos vêm aos terreiros para dançar e falam apenas com algumas pessoas com cargos sacerdotais, os caboclos dirigem-se diretamente a todos que os procuram nos toques ou nas festas. Conversar é sua característica marcante. Todo caboclo é falante. Pode ser simpático ou carrancudo, amigável ou arredio, irreverente ou reservado, mas é sempre falador. Para se conhecer a vontade dos orixás é preciso recorrer ao jogo de búzios, que somente a mãe ou pai-de-santo pode jogar. Parecem um tanto distantes, portanto. Já os caboclos dizem o que sentem sem nenhuma mediação. A relação com o cliente é direta, face a face.
A língua é outro fator importante nesta distinção, pois grande parte das pessoas que vão aos terreiros não compreende as línguas rituais derivadas do iorubá, fom ou quicongo e quimbundo em que se cantam as cantigas. Nem mesmo a maioria dos filhos-de-santo sabe o que está cantando, pois as línguas rituais hoje são intraduzíveis. Aos caboclos, pelo contrário, canta-se em português. Suas cantigas são simples e sugestivas, com expressões e termos conhecidos do catolicismo tradicional e do imaginário popular. Um culto assim é menos afro e mais brasileiro, ou seja, mais “nosso” para muita gente.

Em alguns terreiros, os caboclos são concebidos como “mensageiros” dos orixás. Segundo alguns pais-de-santo, eles são transmissores das vontades divinas, afinal “eles falam o que os orixás não podem falar”.

Vejamos uma lista com alguns caboclos e caboclas com os respectivos orixás, notando como os nomes dos caboclos tendem a fazer referência a atributos do orixá:

Ogum –
Caboclo do Sol, Pena Azul, Giramundo, Serra Azul, Serra Negra, Sete Laços, Trilheiro de Vizala, Sete Léguas, Rompe Mato, Laço de Prata;

Oxóssi – Mata Virgem, Pena Verde, Jurema, Arranca-Toco, Sete Flechas, Urubatam;

Ossaim – Junco Verde, Boiadeiro das Matas, Floresta, Guarani;

Omolu – Girassol, Tupinambá, Xapangueiro, Cambaí;

Nanã – Treme Terra, Cabocla Camaceti, Rei da Hungria;

Oxumarê – Cobra Coral, Cobra Dourada;

Xangô – Mata Sagrada, Boiadeiro Zamparrilha, Boiadeiro Trovador, Boiadeiro Corisco, Sete Pedreiras;

Iansã – Ventania, Vento, Jupira, Zebu Preto, dos Raios;

Obá – Pena Vermelha;

Oxum- Lua Nova, Lua, Jandaia, Cabocla Menina, Estrela Dourada, Sultão das Matas;

Logun-Edé – Laje Grande, Laje Forte, Bugari;

Iemanjá – Sete Ondas, Indaiá, Juremeira, Estrela, Sete Estrelas, Iara;

Oxalá – Pedra Branca, Pena Branca, Lua Branca, Águia Branca.

O CANDOMBLÉ DE CABOCLO

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O Candomblé, ao desembarcar no Brasil, com os escravos, encontrou os índios que praticavam a pajelança, praticado de várias formas. Os Jesuítas, incumbidos de doutrinar os índios e depois o negro, proibiram que estes cultuassem seus Deuses. Os escravos, por não terem alternativa, constituíram altares com imagens e gravuras dos Santos do Catolicismo. Associavam as imagens aos Orixás. Os rituais eram realizados nos terreiros das senzalas e até em pequenas igrejas católicas construídas para escravos durante á madrugada.
Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da pajelança, dando origem a um outro culto denominado de Candomblé de Caboclo. Os espíritos que se manifestavam eram os de índios e de negros.
Do Candomblé primitivo, restou um tronco original que continuou fiel a suas raízes.
Em 1908, por vontade dos espíritos superiores, crio-se um movimento espiritualista, destinado a fazer progredir os cultos nascido do Candomblé.
As pessoas erroneamente tratam o Candomblé de Caboclo de modo pejorativo como se o mesmo não tivesse sua força, sua graça, sua beleza, sentindo-se os próprios donos da verdade.
O Candomblé de Caboclo é todo ritual religioso que além do culto aos Orixás, cultua os espíritos de índios, que são os caboclos, a corrente africana que são os preto-velhos, os boiadeiros, espíritos do sertão nordestino e os exus, mas não é o mesmo exu orixá do Candomblé.
Essas entidades não são de Candomblé, simplesmente estão em casas de Candomblé e/ou Candomblé de Caboclo.
No Candomblé de Caboclo, há predominância de muitos elementos do Candomblé de Angola, que é a raiz de nossa casa. Os atabaques são tocados com as mãos, as músicas são cantadas em português, com uso freqüente de termos rituais de origem banta.
O apelo a uma cultura indígena, idealizada, proporciona ao Candomblé de Caboclo uma valorização aos elementos nacionais, fazendo dela uma religião Brasileira por excelência assim como a Umbanda.

Caboclos e cabocos.

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Caboclo é o mestiço de branco com índio; caboco, mameluco, cariboca, curiboca. Antiga designação do indígena brasileiro.
Câmara Cascudo, no Dicionário do Folclore Brasileiro, defende a forma caboco, sem o l, que teria sido introduzido na palavra sem encontrar base nas diversas hipóteses etimológicas, como a que afirma derivar do tupi caa-boc, "o que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco". Os caboclos formam o mais numeroso grupo populacional da região amazônica e dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
ambém pode ser sinônimo de:
• tapuiu, termo genérico de desprezo usado por determinados povos indígenas quando se referiam a indivíduos de outros grupos. Caboclo de cor acobreada e cabelos lisos; caburé.
• Caipira, roceiro, sertanejo. A figura de Jeca Tatu, criação de Monteiro Lobato, foi imortalizada na música popular, no palco e no cinema (por Amácio Mazzaropi).
No Brasil há o Dia do Caboclo, comemorado em 24 de junho.
Também é o nome dado às entidades lendárias indígenas, ou de manifestações de religiões como o caboclo que se incorpora nos ritos de Candomblé de Caboclo, no Catimbó, na Macumba, e no Batuque.

CONVITE: Festa do Caboclo Boiadeiro

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