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quarta-feira, junho 23, 2010

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XANGÔ

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Sincretizado com São Jerônimo, devido a presença das formações rochosas, de um livro e do Leão (animal de forte associação com o orixá). Pode ainda vir sincretizado com São Judas Tadeu (devido a presença do machado, e do livro) e com São João Batista devido a semelhança de personalidade com o orixá. São João é comemorado com fogueiras, festas, está sempre com um carneiro...assim como o Orixá Xangô.
Os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito.
Animais associados a Xangô são: Tartaruga, Carneiro, Leão.
Partilhar São João, Xangô Menino

Composição: Caetano Veloso/Gilberto Gil


Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João

Céu de estrela sem destino
De beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô
Da beleza e da razão

Viva São João
Viva o milho verde
Viva São João
Viva o brilho verde
Viva São João
Das matas de Oxóssi
Viva São João

Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô
Canto tanto canto lindo

Fogo, fogo de artifício
Quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo, Xangô
Ai, São João, Xangô Menino

Xangô é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades

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- Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.

- Obá Kosso - Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.

- Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.

- Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.

- Obá Ajakà - Também entitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.

- Obá Aganjù - Ele representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.

- Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra.
- Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.

- Jakutà ou Djakutà - Esse Orixá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.

- Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.

- Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.

quarta-feira, junho 16, 2010

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Sincretismo Religioso

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Todas as sociedades conhecem alguma forma de religião, pois esta é um fato social universal encontrado em todas as partes desde os tempos mais remotos. Ao longo da história da humanidade surgiram muitas formas de manifestação religiosa, religiões surgem e desaparecem mais algumas resistem se transformam e estão presentes até hoje. A crença em algum tipo de divindade ou ainda, o sentimento religioso são fenômenos generalizados em toda sociedade e são inerentes ao ser humano

Sincretismo é uma fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera das crenças religiosas, seja nas filosóficas.
Na história das religiões, o sincretismo é uma fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma religião nas práticas de uma outra.
No Brasil, o sincretismo é um fenômeno bastante comum, mas é especialmente relevante na Bahia, onde buscou-se adaptar nas crenças de religiões tradicionais africanas os rituais da fé Católica, religião predominante no Brasil.
É histórico que o povo dominante impõe sua religião ao povo dominado, no entanto no Brasil esta imposição do catolicismo contou com um movimento de resistência tanto dos aborígenes quanto dos negros africanos. Estes povos desenvolveram mecanismos para manter a integridade religiosa à ameaça externa, e acabaram por influências as práticas católicas oficiais com sistemas de crenças, superstições e práticas de curandeirismos.
Chegando aos montes nos navios negreiros, os negros africanos das mais diversas etnias já sofriam com os maus tratos nos porões dos navios. Aqueles que não morriam de banzo (depressão causada por uma tristeza profunda), desembarcavam nas diversas regiões do Brasil somente com um pertence pessoal: Em sua memória guardava suas crenças, seus costumes e suas tradições. Depois da diáspora a que foram submetidos os negros africanos, e vivendo cativos, o que não poderia ser-lhe tirado era sua fé religiosa. O misticismo norteou todas as atividades negras brasileiras, sendo que esta religiosidade influenciava até sua vida profana.
O candomblé era um dos meios que o africano utilizou para manter o sentimento de pertencimento a uma comunidade. Dentre outras práticas culturais como, por exemplo, a capoeira, o maculelê, a religião foi a que os negros se apegaram para manter viva sua memória e o sentimento da grande família africana. Para que se mantivesse acesa a atividade religiosa africana, na maioria das vezes, ela funcionou na clandestinidade: “Ainda que patrulhados pela Igreja Católica, pelas autoridades policiais e pelos senhores, para os quais a verdadeira manifestação do divino se expressava através do catolicismo, os negros perpetuaram os seus valores religiosos, recorrendo ao sincretismo, ou mesmo a manutenção de casas culturais com a finalidade específica de reavivar os ritos e mitos religiosos da África.”
No catolicismo popular o sincretismo se manifesta através do culto às imagens de Nossa Senhora dos Navegantes e a Iemanjá, onde o mesmo símbolo religioso é utilizado para manifestações tanto na Igreja quanto no mar. A famosa lavagem das escadarias da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, na Bahia, realizadas pelas mães-de-santo e filhas-de-santo, é outra demonstração da íntima relação do catolicismo popular com religiões africanas.
Há inclusive as chamadas “missas-afros” onde os padres, geralmente negros, usam indumentárias apropriadas para as festividades, sob os sons de atabaques, agogôs e cânticos que lembram rituais as festas nos terreiros de candomblé.
Nesta tradição religiosa sincrética, há na religião africana, a aproximação da santidade católica com as divindades da África. “Este sincretismo por correspondência Deuses-Santos, pode ser explicado historicamente, pela necessidade que tinha os escravos, na época colonial, de dissimular aos olhos dos brancos suas cerimônias”.


Se o sincretismo religioso foi uma válvula de escape para os negros, que não admitiam se render à cultura religiosa que lhes eram impostas, pos outro lado, encontramos ainda hoje diversas linhas religiosas que se inserem neste contexto.




Buscamos, na prática, a denominação religiosa que mais influência sofreu deste sincretismo religioso, verificando como ela faz uso dessa riqueza cultural e religiosa e que elementos ela agregou a prática do cristianismo para obter um número cada vez maior de conversão de fiéis à sua doutrina. Trata-se da Igreja Universal do Reino de Deus, que através de um confronto direto com a Umbanda, faz usos de elementos daquela religião para reforçar sua doutrina e dar credibilidade ao seu discurso de combate do “bem” contra o “mau”.


Todavia, esta postagem não tem por objetivo promover religiões, ou denominações. Antes sim, parabanizar nossa "raça", nosso povo afrodescendente, que sempre em nossa história, jamais se rendeu, ou se abateu diante das dificuldades e barreiras.

Axé!




Partes deste texto foram extraidas do artigo:

Sincretismo religioso no Brasil em Casa Grande & Senzala:

Influências na religiosidade brasileira

por Jefferson Gomes Nogueira

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Martinho da Vila


Saravá, rapaziada! - Saravá !
Axé pra mulherada brasileira! - Axé!
Êta, povo brasileiro! Miscigenado,
Ecumênico e religiosamente sincretizado
Ave, ó, ecumenismo! Ave!
Então vamos fazer uma saudação ecumênica
Vamos? Vamos!
Aleluia - aleluia!
Shalom - shalom!
Al Salam Alaikum! - Alaikum Al Salam!
Mucuiu nu Zambi - Mucuiu!
Ê, ô, todos os povos são filhos do senhor!
Deus está em todo lugar. Nas mãos que criam, nas bocas que cantam, nos corpos que dançam, nas relações amorosas, no lazer sadio, no trabalho honesto.
Onde está Deus? - Em todo lugar!
Olorum, Jeová, Oxalá, Alah, N`Zambi. . . Jesus!
E o espírito Santo? É Deus!
Salve sincretismo religioso! - Salve!
Quem é Omulu, gente? - São Lázaro!
Iansã? - Santa Bárbara!
Ogum? - São Jorge!
Xangô? - São Jerônimo!
Oxossi? - São Sebastião!
Aioká, Inaê, Kianda - Iemanjá!
Viva a no Nossa Senhora Aparecida! - Padroeira do Brasil!
Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá, Iemanjá
São Cosme, Damião, Doum, Crispim, Crispiniano, Radiema. . .
É tudo Erê - Ibeijada
Salve as crianças! - Salve!
Axé pra todo mundo, axé
Muito axé, muito axé
Muito axé, pra todo mundo axé
Muito axé, muito axé
Muito axé, pra todo mundo axé
Energia, Saravá, Aleluia, Shalom,
Amandla, caninambo! - Banzai!
Na fé de Zambi - Na paz do senhor, Amém!

segunda-feira, junho 07, 2010

Festa do Pai Ogum

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O Ilê Axé Odara convida a todos os irmãos e amigos para a grande festa em homenagem à nosso Pai Ogum. A festa acontecerá na sede do Ilê onde serviremos também a tradicional feijoada à todos os convidados.

Endereço: Rua São Sebastião, nº. 795. Bairro de Fátima.
Itabuna - Ba.
Fone/Fax: (73) 32122167

Data: 12 de junho de 2010
Horas: 21:00