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domingo, dezembro 19, 2010

Natal e a instituição Ilê Axé Odara

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Comemorando o NATAL e celebrando DUAS VIDAS!



Temos grandes motivos pra celebrar a vida e os benefícios que através dela nos são possiveis desfrutar, nós do Ilê Axé Odara há 30 anos comemoramos um natal harmonioso com familiares, amigos e filhos de santo. Não comemoramos apenas o natal, mas celebramos a vida de modo emocionante, pois nossos anfitriões completam 37 anos de casamento, este que sem dúvida é um exemplo para todos que os rodeiam. Para nós que somos amigos, família e filhos de santo é um honra pois são relacionamentos como este que nos dão a certeza de que ainda há por que acreditar em amor, harmonia, família e outros sentimento bons que nos dias de hoje quase tão raros.
Atualmente a tecnologia, a modernidade e os jovens têm manifestado um sentimento estranho quando nos referimos ao matrimônio como método sagrado de se firmar um relacionamento bem estruturado, claro que relacionamentos bem estruturados não são as aparências mas sim uma convivência de bons frutos como filhos muito bem educados e a experiência já sentida e vividas por ambos os conjuges. "BODAS DE AVENTURINA". São quase 4 décadas divindo e somando um na vida do outro. Comemoramos um natal cheio de luz, por que temos com certeza duas pessoas muito iluminadas por JESUS, mãe Guilé e Pai Gildo. À vocês feliz aniversário e que esse JESUS celebrado neste dia possa abençoar e iluminar a vida de vocês mais e mais!

Votos dos filhos, amigos e seus filhos de santo:

Autor(a): Rosana Santana

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Etnobotânica de terreiros de candomblé nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia, Brasil.

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RESUMO: (Etnobotânica de terreiros de candomblé nos municípios de Ilhéus e Itabuna, Bahia, Brasil). As plantas, no universo das religiões de influência africana, apresentam grande valor por serem utilizadas para propósitos ritualísticos e de rotina pelas comunidades dos terreiros. O presente estudo objetivou identificar as diversas espécies utilizadas em rituais de Candomblé, com fins medicinais, indicadas por pais e mães-de-santo em terreiros nos municípios de Ilhéus e Itabuna, BA, fornecendo informações acerca da procedência das espécies (cultivo, feiras livres e extrativismo em Mata Atlântica e/ou áreas ruderais).
Entrevistas semi-estruturadas com 15 pais e mães-de-santo e coleta e identificação de material botânico foram realizadas em dez terreiros de Candomblé. Foram levantadas e identificadas 78 espécies pertencentes a 43 famílias, sendo Asteraceae (nove espécies), Lamiaceae (sete espécies), Fabaceae e Myrtaceae (quatro espécies cada) as de maior representatividade. A maioria dessas espécies é utilizada para fins medicinais (53,21%), seguidas daquelas utilizadas para fins litúrgicos (30,27%) e ornamentais (16,51%). Observou-se que o cultivo (39,89%) sobressaiu-se sobre a obtenção em feiras livres (25,53%) e/ou extrativismo (34,57%). Constatou-se que os conhecimentos místicos, culturais e etnobotânicos dos participantes mais efetivos e tradicionais do Candomblé são muito valiosos. Estudos de etnobotânica nesta área demonstram grande importância para que estas informações que remontam séculos e fazem parte da história e cultura de nosso povo não sejam perdidas.

Palavras-chave: rituais afro-brasileiros, plantas medicinais, extrativismo



A Etnobotânica obteve, nos últimos anos, grande destaque devido, principalmente, ao crescente interesse pelos produtos naturais (Parente & Rosa 2001), bem como à descoberta de novos usos das plantas (Clément 1998). Porém, a evidente descaracterização das comunidades tradicionais, acompanhada da destruição de hábitats e da inserção de novos elementos culturais, põe em risco um grande acervo de conhecimentos empíricos e um patrimônio genético de valor inestimável para as futuras gerações.

Muitas plantas cultivadas têm um emprego sacro no Candomblé, pois este culto compreende, entre outras formas de oblação, a dedicação de oferendas alimentares produzidas à base de plantas domesticadas (Trindade et al. 2000). Porém, de acordo com os mesmos autores, existe um outro sistema fundamental, indispensável ao funcionamento do culto: a liturgia das folhas, que envolve o emprego de plantas colhidas em área não cultivada.

Segundo Voeks (1997), a flora do Candomblé é produto da modificação humana na paisagem sendo caracterizada, predominantemente, por espécies que não são nativas do Brasil. Com o crescimento demográfico acelerado das grandes e médias cidades e a diminuição de áreas de floresta, os terreiros ou cultivam suas plantas em seus quintais, cada vez mais reduzidos, ou buscam estas em outros locais como “casas de folhas”, feiras livres e áreas ruderais.
O acervo de espécies utilizadas em rituais afro-brasileiros sofreu forte influência ameríndia e européia, especialmente a portuguesa. Camargo (1988) afirma que à medida em que os africanos foram se fixando em novas regiões do país, desprovidos dos recursos naturais de que dispunham em suas regiões de origem, encontraram, além daquelas plantas já conhecidas, uma série de outras espécies que se incorporam aos seus próprios costumes africanos.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

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