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quarta-feira, dezembro 30, 2009
OFERENDAS NAS RELIGIÕES
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concedidas por Deus, ou pelos Deuses, nos casos politeístas.
E a ausência dessas bençãos como insatisfação e castigo por parte das
divindades.
Para garantirem a continuidade dessas bençãos, estabeleceram um
sistema ritualístico de oferendas. Uma espécie de agrado ou troca
pelas graças recebidas. E essas graças não necessariamente eram
grandiosas, o simples fato da continuidade da vida e a ausência
doenças, já eram por si só, motivos de sinceros agradecimentos.
A pessoa que mais estivesse em conexão com seus Deuses, através da
prática das oferendas, teria mais chances de vencer as dificuldades.
Esses Deuses eram passionais e partidários e disputavam poder entre
si, cada qual pendendo para os seus entes queridos, para isso, lutavam
entre si, se fosse preciso, a vitória do ente querido era a vitória de seus Deus. Essa ideia de pluralidade de divindades explicava de modo
racional e coerente(para a época) as vitórias de uns em detrimento da desgraça de outros.
Esses conceitos estão profundamente arraigados no inconsciente
coletivo de todas as raças. E a necessidade da oferenda ainda se faz
presente em muitas manifestações religiosas, sejam seitas desconhecidas,
ou religiões institucionalizadas e organizadas.
Hoje o conceito de oferenda, continua presente, mesmo nas religiões
que não permitem a idolatria. Nelas, não se oferenda elementos materiais
mas a tentativa de agradar a Deus e consequentemente evitar punições,
quer seja nessa vida, quer seja na continuidade desta e uma constante.
Jesus não condena somente a idolatria, condena sobretudo a hipocrisia.
Será que se tivéssemos a certeza de que não seríamos punidos ou
recompensados por Deus, em função de qualquer ato praticado, continuaríamos a procurar sermos pessoas melhores. Ou nos perderíamos no aqui e agora, no conceito de "aproveite a vida", porque
só existe uma.
Oferendar deve ser um ato de amor, quer seja um trabalho voluntário,
uma cesta básica, uma oração para um irmão, um amalá para Iemanjá, ou o dízimo da Igreja".
Por Claudia Baibich
O Ori
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Como ao morrer, a cabeça de uma pessoa não é separada para o enterro, Ori é conhecido como aquele q pode fazer a grande viagem sem retorno, pois os outros orixás, mesmo quando morrem seus filhos, sao libertados da cabeça (Ori) e retornam ao Orun (céu, ou mundo exterior).
Durante o processo iniciático a primeira entidade a ser equilibrada é justamente o ori, a individualidade pessoal, para que a pessoa não se transforme em um mero espelho do orixá.
Diz este mito q um dia Ori percebeu q era o momento de nascer outra vez e foi falar com Olorum, o Universo, solicitando permissão para nascer na mesma família em que havia nascido antes.
O jogo de Búzios
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A origem dos Búzios se perde na noite dos tempos.
Sua tradição está estreitamente ligada à cultura africana.
Alguns estudiosos acreditam que a cultura africana vem dos tempos pré-egípcios, talvez atlantes.
Conta a lenda que a estrela da manhã revelou a Orunmilá que todos os segredos e materiais da criação se encontravam numa concha de caramujo, dentro de um vaso que ficava entre as pernas de Obatalá.
O jogo de Búzios, como é conhecido hoje, pode ser considerado uma variação do jogo de Opon lfá ou Opelê de lfá, que se desenvolveu na África.
A leitura esotérica divinatória está diretamente ligada à Òrúnmìlà, cujos babalorixás, são seus porta-vozes, outras lendas africanas, mostram a ligação do jogo de búzios com Exú, Oxum e Oxalá. No capítulo destinado aos Orixás, consta essa estreita relação entre Exú e Ifá.
O oráculo afro-brasileiro tem mais de uma modalidade: usando um rosário, o Rosário de Ifá ou com as peças [búzios ou sementes soltas. Estudos indicam que ambos os métodos de vidência tem origem na cultura ioruba [Nigéria] e estão relacionados com o mito de Òrúnmìlà´. O SER de Òrúnmìlà é objeto de controvérsias: alguns consideram-no um Orixá, outros afirmam que este SER pertence a "...um plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás" [André D'Òsòòsí]: é a emanação mais transcendente ou superior de Olorum [o Deus Supremo]. O fato é que Òrúnmìlà é o Senhor dos Destinos, o Testemunho de Deus [Elérí Ìpín], o Vice-Deus [Ibìkéjì Olódúmarè], Aquele que Está no Céu e na Terra [Gbàiyégbòrún
Também chamado IFÁ ou, ainda, Merindilogún [Jogo dos Dezesseis], o oráculo que desvenda as brumas do invisível e do futuro, é um dos aspectos mais herméticos do Candomblé: uma porta fechada para leigos.O jogo de búzios é exclusivo dos candomblecistas praticantes e reconhecidamente iniciados.
Por ser alvo de muitas críticas por parte de adeptos de outras religiões, é necessário ressaltar que, pode ser uma relevante fonte de renda para os terreiros sim, afinal, terreiros assim como o Vaticano também têm contas a pagar o quê lembra a famosa frase da atriz Cacilda Becker em resposta aos que lhe pediam para entrar de graça no teatro: "Não me peça para dar a única coisa que eu tenho para vender"
terça-feira, dezembro 08, 2009
O CANDOMBLÉ DE CABOCLO
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O caboclo é a entidade espiritual presente em todas as religiões afro-brasileiras, sejam elas organizadas em torno de orixás, voduns ou inquices. Pode não estar presente num ou noutro terreiro dedicado aos deuses africanos, mas isto é exceção. Seu culto perpassa as modalidades tradicionais afro-brasileiras — candomblé, xangô, catimbó, tambor de mina, batuque e outras menos conhecidas —, constitui o cerne de um culto praticamente autônomo, o candomblé de caboclo, e define estruturalmente a forma mais recente e mais propagada de religião afro-brasileira.
Os celebrantes são chamados "pajés", termo de origem tupi que significa xamã.
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Em 1908, por vontade dos espíritos superiores, crio-se um movimento espiritualista, destinado a fazer progredir os cultos nascido do Candomblé.
As pessoas erroneamente tratam o Candomblé de Caboclo de modo pejorativo como se o mesmo não tivesse sua força, sua graça, sua beleza, sentindo-se os próprios donos da verdade.
O Candomblé de Caboclo é todo ritual religioso que além do culto aos Orixás, cultua os espíritos de índios, que são os caboclos, a corrente africana que são os preto-velhos, os boiadeiros, espíritos do sertão nordestino.
Essas entidades não são de Candomblé, simplesmente estão em casas de Candomblé e/ou Candomblé de Caboclo.
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O Caboclo Boiadeiro, é alegre, destemido, valente, brincalhão. Teriam vivido no sertão na lida com o gado e usam chapéu característico de couro. Os marujos, sempre cambaleantes por causa do tombo do mar, que marca a vida nos navios simbolizam a fartura a alegria e a verdade.
O termo Candomblé de Caboclo teria surgido na Bahia, entre o povo-de-santo ligado ao Candomblé de nação Queto.
No Candomblé de Caboclo, há predominância de muitos elementos do Candomblé de Angola. Os atabaques são tocados com as mãos, as músicas são cantadas em português, com uso freqüente de termos rituais de origem banta.
O apelo a uma cultura indígena, idealizada, proporciona ao Candomblé de Caboclo uma valorização aos elementos nacionais, fazendo dela uma religião Brasileira por excelência.
Existem poucas casas de Candomblé de Caboclo, sendo mais freqüente em São Paulo , Rio de Janeiro e no Nordeste do Brasil.
Trata-se portanto de um exemplo nítido do sincretismo religioso popular no Brasil. Registam-se nele influências indígenas e mestiças, resumindo-se os hinos especiais de cada encantado ou caboclo, cantados em português, a uma declaração dos seus poderes sobrenaturais.
Caracterizam-se, em geral, pela comunicação verbal e proximidade de contato com o público que freqüenta os terreiros.
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O dono da terra, tese de mestrado defendida na USP pelo antropólogo baiano Jocélio Teles dos Santos.
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segunda-feira, novembro 16, 2009
OXUM
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Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.
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domingo, novembro 15, 2009
Baiana
Baiana tão iluminada
Baiana tu és encantada.
Baiana tão bela que dança
Baiana na roda vira criança.
Baiana sua cor nos traduz
Baiana seu sorriso reluz.
Baiana, mulher e guerreira
Nos olhos carregas as dores de uma mãe verdadeira.
Baiana, tu és um encanto
Da tua boca ecoa um canto.
De tua raiz me orgulho e me rendo
Por que cantas sorrindo ou sofrendo.
Baiana que nessa roda canta
Baiana que neste salão dança, chamando por teu “Orixá”
Baiana que aqui brinca saudando pai Oxalá.
Autor (a): Rosana Santos de Santana
quinta-feira, outubro 22, 2009
Obaluaiê
Oh, grande Obaluaiê,
Senhor da lama e do ouro.
Ilumine, Obaluaiê, a minha vida,
sábado, setembro 26, 2009
27 de Setembro: Ibejis e Erês em Festa.
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A palavra Ibeji que dizer gêmeos e o orixá Ibeji é o único permanentemente duplo. Forma-se a partir de duas entidades distintas que cooexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Contam os Itãns (conjunto de lendas e histórias passados de geração a geração pelos povos africanos), que os Ibejis são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Ibejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.
Entre os deuses africanos, Ibeji é o que indica a contradição,os opostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, Ibeji mostra que todas as coisas, em todas as circunstância, tem dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.
Na África, O Ibeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmo respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia-a-dia. Ibeji não exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder de Ibeji jamais pode ser negligenciado, pois o que um orixá faz Igbeji pode desfazer, mas o que um Ibeji faz nenhum outro orixá desfaz. E mais: eles se consideram os donos da verdade.
Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. O Erê é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu deus. São duas divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Ao contrário dos erês, entidades infantis ligadas a todos os orixás e seres humanos, são divindades infantis, orixás-crianças.
Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.
A palavra Erê vem do yorubá iré que significa "brincadeira, divertimento".
Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”.
O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância, pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Erê na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.
Cada Erê traz um nome inspirado no arquétipo ou natureza do orixá ao qual está submetido, por exemplo:
“Foguete” ou “Trovãozinho” para Xangô.
“Ferreirinho” para Ogun.
“Pingo de Ouro” para Oxum e assim por diante.
Agora, esses nomes não serão os mesmos em cada iyawo. Cada Erê trará um nome que, será inspirado no arquétipo ou natureza do orixá a que está submetido.
LENDA:
Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas
crianças do povo, e um dos gêmeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Iansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda.
Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no
lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho
vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Iansã voltou a ter seus dois filhos.
A grande cerimonia dedicada a estes orixás acontece a
27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas com
o caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos frequentadores dos terreiros.
Orixás
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Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo).
No Brasil, erroneamente, diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun. Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como "Orisá maior", no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás.
A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental.
Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes, (animais, vegetais, homens, planetas, etc.)
Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.
Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco condena-os a fogueira eterna, também nunca os entregou ao seu maior "inimigo" após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido...
Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer.
O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos.
Portanto nosso deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai...
Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um Orixá...
Aprendemos a sentir e manipular essas energias individualmente através de cada Orixá, os seguidores iniciados(iyawos) sobre a influência de um Orixá, específico,detém mais energia do seu influente que os filhos de outros Orixás.
Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado a armas, matais, trabalho, etc.
Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, após fatos heróicos ou divinos, encantaram-se e retornaram ao Orun (céu), deixando para nós, segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa, que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações diretas com a religião.
Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e, portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu orixá aproximando mais de olorum(deus criador/construtor de todo o universo.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Festa do Pai Oxossi
A festa do Pai Oxossi aconteceu no mes de abril.
Quando o Pai veio em Terra, trazendo seu Axé para seus filhos
e convidados alí presente.
Aguardamos aciosos pela próxima festa.
"Okê Arô, Oque Odé!"
quarta-feira, setembro 23, 2009
Boiadeiros
Boiadeiros são entidades fortes em sua grandeza.
- Boiadeiros dos Orixás do Candomblé, que são os mensageiros;
- Os Boiadeiros boiadeiros (!);
- E também há os mensageiros dos Boiadeiros dos Santos, que são os que nas cantigas chamamos de "tocador de gado".
terça-feira, setembro 22, 2009
Festa do Caboclo Boiadeiro
Todo inicio de festa tem toda uma movimentação e todos vão para as coisas práticas.
Sabe,uma das melhores sensações que alguém pode sentir quando se está perto de alguém é como nós nos sentimos quando estamos perto de Boiadeiro. É como se uma mão nos tocasse tão docemente e afagasse todas as nossas dores. Esta festa nos transmitiu mais do que isso, nos transmitiu paz,amor,espiritualidade, capacidade de compreensão, capacidade de entender os outros e a nós mesmos.
Essa festa foi,é e sempre continuará sendo perfeita, pois com o axé de pai Gildo de Obaluaiê e Mãe Guilhermina juntamente com os orixás da casa e o caboclo Bioadeiro essa força não cessará.
A Instituição Ilê Axé Odara tem a honra,a alegria e se enche de amor por saber que nosso Ilê carrega consigo toda força e luz do pai Boiadeiro e todos os outros orixás.
Axé!!!
Texto postado por : Rosana Santana, filha do Ilê Axé Odara> letrasminhas2@gmail.com